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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ventania


No calor sufocante
Deixo mágoas o vento levar...
Talvez não seja tão simples;
Talvez eu tenha que esperar.

O vento tão sublime, 
Não tem culpa de meus pecados,
Não tem culpa do grande amargo
Da enorme decepção.

Queria tão pouca compreensão...
Obtenção de valores e atos.
Esquecer o passado; largar da nostalgia.

Arrependo-me de tantas coisas,
Coisas que eu não deveria ter feito,
Pensando que fosse perfeito...
Falsa ilusão.

Falta-me aceitar e esquecer...
Tamanha a complexidade que terei de compreender
Onde a ventania do meu vento...
Há de trazer.

Por: Carolina Fontana

domingo, 8 de maio de 2011

Mãe, minha mãe.



Olá, vim dizer-lhes uma coisa...
Tão pequenina e singela,
Tão doce e carinhosa.
Um detalhe importante, esquecido no infinito
Não, eu falo de um mito.
Eu falo de uma única verdade, de um único amor.
Uma vida, a história de um sonhador
História pela qual me orgulho até hoje.
É a história mais bela e charmosa
A mais formosa que o povo já viu.
Chamo-me bebê desde que nasci e até agora -mesmo já sendo moça-
Sou pequena e ingênua, independente da idade
Sou uma flor delicada
Sou pequeno dente de leite...
Não cresci, não mudei
Sou a mesma desde sempre, e sempre serei
Para ela, sou sua jóia mais preciosa
E para mim, ela é a mais gloriosa, a mulher mais amorosa que já conheci
Sou um desastre ambulante, o bichinho da goiaba
Não, para ela sou a flor mais bela do jardim...
Posso ser ruim, chata a pior entre a multidão
Posso matar e roubar, ser o pior cidadão...
E o que muda? Nada. Seu amor? É o mais puro, é o mais singelo é o mais bonito.
Sabes de quem tanto falo? Falo da mulher de minha vida, falo de quem me ensinou a ser gente, falo do amor inigualável, de um defeito inexistente.
E essa história que lhes conto, nunca terá fim
Porque dentro de mim
A rosa do amor puro
Viverá eternamente.
Como a imagem que possuo dela em mente
Como o amor irreverente.
Mãe, minha mãe
O quanto te agradeço, o quanto pouco mereço
Essa flor que em minha vida está presente
Dessa vida reluzente, desse amor resiste
Minha mãe.

Por: Carolina Fontana

sexta-feira, 6 de maio de 2011

E se...


E se eu tentar, crescer, caminhar, percorrer...
Rimas e desencontros - noites pensando no nada- sem moral, sem razão.
Creio que talvez o invisível crie seu envoltório. Ou talvez - com certeza - do mesmo modo fique.
Queria que a simples felicidade viesse à tona, ou, a infelicidade se desfizesse de minha vida. Não, não sou infeliz.
O sorriso sublime que me falta, a metade que certamente está em falta.
Mas que contradições! Pergunto-me se tenho capacidade de escrever. Tudo parece ser tão irônico.
Tenho medo do mar, tenho dor de mim, sorte ou azar. Sol, luz e escuridão. Imensidão. Sem sentido. Não tenho sentido. Creio que há de vir. Ou não.
Viver a experiência alheia, ignorar o errado, seguir o correto. Faça ao contrário, se arrependa. Chore, grite e exclame. Tenha medo. Peça socorro. Caia com suas próprias pernas; erga-se com suas próprias muletas.
Construa um alicerce baseado nos sonhos alcançados, nos que deseja alcançar e no sonho nem sonhado.
Pare de entender, não acredito somente na lógica. Não existe uma lógica para este drama.
Drama? Sim, eu sou dramática. Assumo. Mudo. Desisto. Recomeço. Persisto. Termino. Ganho. Perco. E tudo começa desde o início.

sábado, 9 de abril de 2011

Ideia


Corri, enquanto havia tempo. Gritei, gemi, pedi socorro. Apenas esperei. O máximo que pude. Esperei o socorro inexistente, esperei o amparo acabado, o amor resistente, a amizade incurável. E sabe do que mais? Parece que tudo mudou tudo está diferente, tudo está tão distante. O mundo não possui aquela vivacidade que eu imaginei. Tudo parece errado, incorreto – ou o contrário- o fato é que eu não sei, e nunca havia imaginado as coisas do modo que estão. Meu socorro tão distante ficou; esperanças infinitas perdidas ao vento; loucuras incontroláveis que parecem mais infantis.
Ei socorra-me, busca-me, faça tudo o que for possível, só me salve desse abismo de loucura, desse mundo de céticos e hipócritas. Faça-me feliz; eu quero mais é poder sorrir. Venha comigo, você fará falta, eu sei que na sua cabeça, assim como na minha, tudo parece estar estranho; realmente, o mundo está diferente, eu também sinto isso, mas, peço que não tema, não se oponha, simplesmente faça a sua parte e venha comigo. A paz lhe espera paciente, somos humanos; erramos, mas não é por isso que não merecemos um lugar ao sol, perto do mar. Queremos paz e tranquilidade, é um desejo comum entre todos, sei disso. Só peço paciência, não tenha medo, não tema ao imprevisível. Sorria. Aproveite esse momento único, sua hora chegará, serás feliz. Tudo vai melhorar, sente-se ao pôr-do-sol. E nunca esqueça que o infinito lhe espera o improvável lhe surpreenderá e a felicidade virá ao seu encontro. É só uma questão de tempo.